RODRIGO FRANZAO
Vive e trabalha em São Paulo - Brasil, produzindo arte de mídia mista e videoarte. Sua pesquisa está ligada às abordagens filosóficas e psicológicas, na qual transcorre na observação do comportamento humano, como ser social. Por meio do movimento visual e da cor, o artista desenvolve sua pesquisa em diferentes suportes como tecidos, materiais reciclados e pigmentos naturais, além de papel. Seu currículo inclui inúmeras exposições individuais e coletivas, e seu trabalho está presente em coleções particulares, principalmente, em: Nova York, São Paulo, Londres, Los Angeles, Berlim, Portugal, Espanha, Detroit, Miami, Nova Orleans e coleções públicas como National Arts Clubs, New York, EUA; Museu Centro de Exposições Odivelas, Lisboa, Portugal; Museu Tribunal de Justiça, Brasília, Brasil. O artista já apresentou seus trabalhos em mostras individuais e coletivas no Brasil, Estados Unidos, Portugal, Grécia, Alemanha, Ucrânia e Coreia do Sul.
MÍDIA
2020, INTERVIEW - Textile Curator, Kuala Lumpur, Malaysia
https://www.textilecurator.com/home-default/home-2-2/rodrigo-franzao/
2019, INTERVIEW - Textile Artist, London, England
https://www.textileartist.org/rodrigo-franzao-industrial-strength-stitching/
2019, INTERVIEW - Art Reveal Magazine, London, England
ttps://issuu.com/artrevealmagazine/docs/47/45
2019, INTERVIEW - Textile Magazine, Berlin, Germany
https://textile-art-magazine.com/portraits-interviews/interview-mit-dem-brasilianischen-kuenstler-rodrigo-franzo/
2017, TV Cultura, INTERVIEW - Museu Casa dos Contos, Ouro Preto, Brazil
ttps://player.vimeo.com/video/215326036
2015, INTERVIEW - Textile Artist, London, England
https://www.textileartist.org/rodrigo-franzao-abstract-forms/
CV
Educação:
2023 MBA em Museologia, Curadoria e Gestão de Exposições. UNITAU, Brasil.
2021 MBA em História da Arte e da Cultura Visual. UCAM, Brasil.
2009 Psicopedagogia e Arteterapia. FPA, Brasil.
2015 Artes. CEUCLAR, Brasil.
2004 Letras. UNIMARCO, Brasil.
Exposições Individuais:
2017
Estruturas pessoais. Museu Casa dos Contos, Ouro Preto, Brasil.
2016
Superfícies e abstrações. Galeria Antônio Lino, Lisboa, Portugal.
2015
Katharsis. National Arts Club, Nova York, EUA.
Exclusão involuntária. Museu Superior Tribunal de Justiça, Brasília, Brasil.
Tecendo formas. Galeria Anexxo. Goiás, Brasil.
2014
Exclusão involuntária. Galeria Anexxo, Goiás, Brasil.
Exposições Coletivas:
2022
Art for Art’s sake, Jillian Mac Fine Art, New Orleans, EUA.
Tecer, Encaixar, Acumular, Andrea Rehder, São Paulo, Brasil.
2019
Berlin Art Week: Latinoamerican Art, South Embassy Gallery, Berlim, Alemanha.
Creative Pride, National Arts Club, NY, EUA.
Little Islands Fest, Amorgos, Grécia.
Contexto, South Embassy Gallery, Berlim, Alemanha.
Conceito: o 5º Int. Exposição de Arte Conceitual. Museu CICA, Gimpo-si, Coréia.
2017
O amor inspira. Galeria Inn, São Paulo, Brasil.
Fora das Linhas: O 4º Desenho Invitational. National Arts Club, NY, EUA.
2016
Entre as linhas: explorando desenhos. National Arts Club, NY, EUA.
2015
Bienal Internacional de Arte Têxtil - Fibremen 5. Scythia, Kherson, Ucrânia.
2014
Exclusão involuntária. Galeria Anexxo, Goiás, Brasil.
Coleção Pública:
National Arts Clubs, Nova York, EUA.
Centro de Exposições Museu Odivelas, Lisboa, Portugal.
Museu Superior Tribunal de Justiça, Brasília, Brasil.
Colecionadores particulares.
Curadoria:
2022
Beleza Intelecutal, Museu Têxtil, São Paulo, Brasil.
2020
Formas contrastantes, Museu Têxtil, São Paulo, Brasil.
Autor:
2020
Beleza Intelectual: Arte Têxtil e Mista 2004 - 2022. ISBN 978-65-4880-3
2020
Contrastes de Forma: Arte Têxtil e Mista 2014 - 2020. ISBN 978-65-001-6078-9
Peer Golo Willi
A cor, o colorido, é a característica mais marcante que o espectador encontra nas obras do brasileiro Rodrigo Franzão. Isso se aplica em
particular aos objetos combinados com diferentes materiais, principalmente têxteis, mas também objetos encontrados em metal. Franzão teceu listras de diversos tecidos em cores fortes em composições rítmicas que, interagindo com os objetos de metal, transitam entre um volume aparente e uma dinâmica extraordinária. A combinação das cores, que muitas vezes é equilibrada, mas não rara, porém harmônica, atesta a vontade de Franzão de explorar limites e, se necessário, de cruzá-los.
Em seu trabalho, o artista utiliza principalmente têxteis, tecidos diversos, mas também agulhas de costura, fios de cobre e papel, por vezes
trabalhando também com tintas a óleo e acrílicas. O foco em materiais do dia a dia, de preferência industriais, evidencia sua predileção pelos materiais que circundam o ser humano, seja ele o uso na pele ou no cotidiano, direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente. Quando questionado sobre por que utilizava tais materiais, que costuma ser associado à arte têxtil, Franzão aponta experiências biográficas: por ter crescido em um ambiente de costura — sua mãe, que trabalhou como costureira — já tem os materiais, as ferramentas e o som de sua oficina em seu subconsciente. Também em sua infância. Impressões semelhantes referem-se a seu pai, que era ativo na metalurgia. Disto ele tira sua paixão e inspiração.
Porém, suas pesquisas, estudos de arte, pesquisa de cores e materiais também são importantes para Franzão. A ligação de diferentes
materiais têxteis permite-lhe inúmeras possibilidades artísticas, sendo que a escolha do material e do suporte depende do sujeito. Assim, diz a artista, “o material deve entrar em diálogo com o sujeito”. Além da pesquisa artística, que faz parte de seu processo de trabalho, sua trajetória profissional, que o levou às artes plásticas, também é notável. Rodrigo Franzão já integrou a arte ao seu trabalho quando trabalhou como professor de português por vários anos. Posteriormente, estudou arquitetura, psicopedagogia e arte-terapia. Atualmente, ele está estudando história da arte e estética. Assim, o que lhe interessa a nível científico, a arte no seu contexto histórico, social e estético, expande-se no conceito da sua investigação artística, da pesquisa da cor e do material, bem como numa ampla visão filosófica do homem e do seu papel na sociedade.
Em sua série de obras, “Subtração Involuntária”, que Franzão criou principalmente nos anos de 2014 a 2015, os trabalhos podem ser
categorizados em painéis (óleo ou acrílico) com aplicações (agulhas de costura, fio de cobre). Aqui, porém, o observador também encontra obras que se estendem tanto para dentro da sala que saem do plano do painel: objetos feitos de tecidos coloridos entrelaçados e fios de cobre, que se projetam dessa superfície, deixando-os, por assim dizer, extensa e comparativamente desordenada. Sobretudo os objetos, nos quais combina tecidos com fios de cobre, nos lembram muito as obras de Eva Hesse. Mas outras influências da abstração geométrica e do construtivismo também são evidentes.
Esses objetos muitas vezes são instalados a certa distância da parede expositiva, de modo que buscam o diálogo com o espectador como
objetos autônomos, às vezes suspensos. “Cabe ao observador”, diz Franzão, “repensar o indivíduo, o que faz de sua vida e como este se torna um integrante visível e ativo da sociedade, seu papel de consumidor, e como ele esconde seu verdadeiro ser por meio desse papel". Essa conexão não é imediatamente aparente quando essas obras são, às vezes, inacessíveis em todas as dinâmicas; porém, pelo alto grau de abstração dessas obras, é que tais considerações são deixadas ao espectador logo à primeira vista.
Naturalmente, o acesso ao conteúdo das obras é mais fácil quando os elementos figurativos entram em jogo. Em sua série Katharse, na qual Rodrigo Franzão trabalha desde o ano passado, o artista apresenta formas e objetos relacionados ao corpo humano. Os elementos são simples, pois podem ser encontrados em radiografias ou, em modelos, na literatura médica e biológica. Eles são distinguidos por uma cor vermelha de fundo policromático abstrato e são intercalados com fios de cobre e agulhas. A inspiração de Franzão é claramente o ser humano, o corpo humano e suas estruturas biológicas. A este modelo estrutural, o artista contrasta um modelo de observação: ao contrastar os aspectos estéticos da composição de cores com o aspecto da condição biológica, o artista faz o observador olhar menos para uma realidade geral do que para sua própria realidade individual. O material, que se move nessas formas e não é alimento, fluido e respirando ar, mas sim objetos de metal encontrados, remete esta obra ao plano abstrato, que Franzão já havia trilhado na Subtração Involuntária. Nessa medida, Franzão revela, por outro lado, o diálogo entre o consumo e seus efeitos, por um lado, e as pessoas na sociedade, por outro. O fato de Franzão não querer sair com uma mera projeção das suas ideias sobre o homem e a sociedade no sentido de pura projeção fica demonstrado na abordagem participativa de Franzão, que segundo os seus próprios dados vai ganhar cada vez mais importância no seu trabalho futuro. Já, como desejava Franzão, o espectador deveria “dar um passo à frente a suas obras e fazer parte delas”, e deveria “criar um efeito que ficasse na sua memória”. Suas pinturas recentes, pinturas de formas geométricas, dispostas em listras estreitas contrastantes, criam efeitos visuais seguindo o movimento através dos olhos do observador. Na continuação, por exemplo, Franzão está planejando instalações com luz, que podem ser manipuladas pelo espectador. É essencial na obra de Rodrigo Franzão que a matéria esteja em diálogo com o sujeito, mas além disso a obra também deve entrar em diálogo ativo e alternado com o espectador.
Robert Yahner
O National Arts Club, fundada em 1898 por Charles DeKay, um crítico de arte e literatura do New York Times para "estimular, fomentar e promover o interesse público nas artes e educar o povo americano nas artes plásticas", tem o prazer de apresentar a exposição de estreia do artista brasileiro Rodrigo Franzão em Nova York.
Nascido em São Paulo em 1982, Franzão é um dos artistas mais dinâmicos e provocadores da nova geração de talentos do Brasil. Iluminada por uma formação inicial em Literatura e Comunicação, a obra de Rodrigo Franzão revela um discurso encantatório entre o artista, sua visão e seu envolvimento desinibido com materiais encontrados.
KATHARSIS transforma esse diálogo em uma exploração da forma humana passando dos aspectos da beleza à condição biológica. A força fundamental da linha de Franzão combinada com o jogo vibrante de abstração geométrica confere a KATHARSIS um poder rítmico.
O trabalho é aprimorado ainda mais pelo uso fácil do artista de mídia mista e um brilhante senso de cor - um pulso ecoando de seu país natal.
KATHARSIS chega a Nova York após o sucesso da mostra inovadora de Franzão, SUBTRAÇÃO INVOLUNTÁRIA, apresentada no Superior Tribunal de Justiça em Brasília, Brasil.
Jillian McGaughey
Rodrigo Franzão é um artista brasileiro contemporâneo de mídia mista que trabalha principalmente com elementos têxteis e papel, criando formas geométricas abstratas tridimensionais a partir de materiais do cotidiano. Essas "reinvenções" ultrapassam os limites da arte utilitária e se expressam na forma mais pura da arte pela arte.
Suas obras, extraordinariamente rítmicas, são criadas e organizadas por cada peça individualmente posicionada, resultando em uma composição tridimensional. Uma tensão dinâmica que é evidenciada quando o sentido tangível do trabalho manual se consagra com o efeito plurifacetado da abstração.
Com um elemento de cada vez, suas obras emergem como em uma superfície cintilante que nunca é estática, dando uma sensação de existência orgânica e movimento.
Formado em Artes Visuais e Letras, possui MBA em História da Arte e da Cultura Visual, MBA em Museologia, Curadoria e Gestão de Exposições e especialização em Psicopedagogia e Arteterapia.
Rodrigo Franzão busca sintetizar princípios de diferentes campos da cultura e do pensamento humano, proveniente da Psicologia, Filosofia e Antropologia. Suas obras escultóricas evocam emoções por meio da interação de cor, luz e textura.