top of page

ARTÉRIAS NA CERÂMICA

5/11 - 15/12

curadoria: Andrés Hernández
artistas representados: Antonio Pulquério, Regina Dutra e Rodrigo Pedrosa
artistas convidados: Cecília Stelini, Claudia Cleto, Erika Malzoni, Fernando Portela, Frederico Ravioli, Genivaldo Amorim, Giovanna Pizzini, Hugo Curti, Leandro de Araújo, Norma Vieira, Salete Lottermann, Sheila Ortega e Yohana Oizumi

sem título-6306-HDR.jpg

ARTÉRIAS NA CERÂMICA

Andrés Hernandez

A exposição apresenta obras de arte de 16 artistas visuais que exploram artérias sensoriais e subjetivas que, no contexto da arte contemporânea, é possível localizar procedimentos cerâmicos. Artistas de diferentes regiões do Brasil, alternâncias nas experiências e inserção na produção artística mas com solidez nas discussões propostas a partir das construções visuais particulares inseridas no recorte curatorial.
Potencializando os tensionamentos conceituais e espaciais possíveis, com o conjunto de obras de arte a partir da verificação da conjunção de diversos procedimentos para se estruturar como modalidades artísticas contemporâneas: pinturas, esculturas, instalações, performance, impressões digitais, vídeos, arte extramuros e assim ampliar o repertório discursivo da cerâmica no sistema da arte contemporânea, excluindo-a de construções recorrentes associadas apenas ao utilitário. Na exposição na Andrea Rehder Galeria constata-se que é possível fazer da ARTE, com ênfase nos procedimentos cerâmicos, uma ferramenta mutável e sólida na divulgação de pesquisas artísticas, adaptadas aos contextos culturais (a)temporais da contemporaneidade.
As obras de arte, em sua projeção particular e nas parcerias plurais com o conjunto, se projetam como manifestações visuais na abordagem de questionamentos formais e conceituais das artes visuais e a partir daqui  desmembrar na sua função social a irradiação discursiva de conflitos sociais, culturais e humanos que nos atingem como membros de uma sociedade em contraditória construção: questões raciais, de gênero, preservação ambiental, localização geográfica, estruturação acadêmica, formatação de convicções, transbordamentos à interdisciplinaridade, os conflitos e possíveis soluções entre os agentes artísticos contemporâneos, o mercado de arte e o espiral transitivo que consolide a instrução e a educação. 
Concomitantemente, nas tentativas de comparação, de assimilação e de leituras heterogêneas de ativações sensoriais das obras de arte, o espectador/receptor se repara com a fluidez semântico/espacial/conceitual e associativa/sensorial que definem essas obras de arte, a partir de uma semântica e uma fonética expandida desde a arte para o cotidiano que o atinge; ao ampliar leituras além do dogmatismo literal e cartesiano de interpretação e categorização das obras de arte e as relações entre elas no espaço arquitetônico, nesse embate presencial ou pelas plataformas e mídias digitais. 
As obras de arte na exposição se estruturam como artérias que irradiam processos contínuos e/ou pretextos do fazer artístico, que abordam questões artísticas, culturais e sociais, e provocam tensionamentos estéticos nas abordagens de questões distintivas particulares e/ou coletivas (memória, poética, apropriações, identidade, política da arte, arte política e mercado) para serem exploradas, absorvidas e atualizadas constantemente a partir das infinitas confrontações e diálogos dos agentes artísticos contemporâneos.

bottom of page