
MANUELLA KARMANN
Artista e pesquisadora de formação independente que, entre 2012 e 2013, estudou pintura Pichwaii no norte da Índia, cuja tradição remonta ao século XV, no Rajastão. Desde então, segue aprofundando suas pesquisas técnica e conceitual em seu ateliê, na Serra da Mantiqueira. Sua prática consiste em aproximar a experiência de viver em meio a remanescentes da Mata Atlântica aos territórios distantes, ressaltando politicamente suas biodiversidades e a articulação de seus ecossistemas. Em seu processo artístico, é fundamental a imersão, o estudo de campo a desaceleração sagrada do tempo. Desde 2010, vive e trabalha em área de reflorestamento de Mata Atlântica e proteção de animais silvestres em São Bento do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, onde dá continuidade ao projeto socioambiental. Artisticamente, integrou as exposições coletivas Campos Gerais (Instituto Adelina, São Paulo, 2018) e Experimento Paisagem (Sesc São José dos Campos, 2019 e 2020). Em meio à pandemia, em 2021, escolheu seguir aprofundando sua pesquisa, realizando diversas expedições no Brasil e na América do Sul, lugares em que imergiu em processos culturais cujo foco foi a investigação e vivência de seu estudo em campo em uma extensa diversidade de territórios, entrando em contato com saberes nativos e com o desenvolvimento de diversas técnicas artísticas. Recentemente, formou a coletiva educacional de sementes nativas, chamada Coletivo Coletoras, que atua em preservação ambiental em distintos municípios da Serra da Mantiqueira. Desde o término do período de suas expedições, em 2024, segue ativamente sua produção artística em seu ateliê.